domingo, 22 de novembro de 2009

Ei, quem apagou as luzes?

Eis a grande questão!
Ainda não se sabe ao certo o que provocou o apagão do dia 11 de novembro, em que 18 estados brasileiros tiveram o fornecimento de energia interrompido, por volta das 22h15.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, uma falha nas redes de transmissão abastecidas por Furnas causou o problema na usina de Itaipu – responsável pelo fornecimento de 19,3% da energia consumida no Brasil, e 87,3% do consumo paraguaio. De acordo com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, no momento do desligamento havia condições meteorológicas muito adversas, o que não foi confirmado por institutos de meteorologia.

Mídia e oposição ao governo Lula vieram pra cima. Todos querendo saber de quem foi a falha, buscando culpados. Então Dilma argumenta diante às críticas na matéria que segue: Dilma diz que oposição não pode comparar blecaute com apagão de 2001

E algumas teorias são colocadas à mesa: Em duas hipóteses, ONS atribui apagão a problemas climáticos

Humor e sarcasmo não puderam faltar. A equipe do CQC entrou em ação no momento do apagão. Assista ao vídeo.

Acompanhe no twitter notícias da Usina de Itaipu.

E aí?! O que você acha?



Entre tantos questionamentos que os jornalistas enfrentam em meio a sua rotina profissional, eis alguns dilemas que surgem, que muitas vezes, são difíceis de responder, ou não são totalmente absolutos.


* Afinal, colaboração ajuda ou atrapalha ?

Isso depende. O jornalista, na qualidade de profissional da informação, tem como tarefa coletar, apurar e noticiar fatos. Por trás disso existiu todo um preparo, que pra maioria desses profissionais, começou nos bancos de faculdade. A colaboração dos leitores, opinando sobre o conteúdo veiculado tem sua importância, entretanto não pode ser fator determinante sempre, uma vez que muitas opiniões chegarão ao jornalista, ou a sua redação, e elas precisam ser filtradas. Além do mais, se o profissional passa a se direcionar a todo o momento pelos comentários dos leitores, sua função acaba sendo descaracterizada.
A relação com o público é fundamental! O jornalista não pode também ser arrogante a ponto de achar que está acima do bem e do mal, e que sabe de tudo. Isso fica claro quando Carlos Castilho, em seu texto "A difícil transição do discurso para a conversa, no jornalismo online", publicado no Observatório da Imprensa, fala que "é preciso lembrar que o jornalista faz a representação da representação, ou seja, ele reproduz aquilo que uma ou mais pessoais reproduziram sobre um fato ou sobre o depoimento de terceiras pessoas. Ao produzir o seu texto, o jornalista submete os fatos e depoimentos ao seu filtro pessoal, por mais que ele tente ser isento. Se estes fatos e depoimento já passaram por outros filtros anteriores, a distância em relação à chamada realidade pode ser grande".
Enfim... pra tudo é necessário um meio termo. O jornalista não tem que ceder a qualquer opinião, só pra dizer que constrói um Jornalismo transparente, mas ele tem também que saber ouvir seu público, pra não perdê-lo e pra fazer adaptações.

* A internet realmente venceu a barreira da credibilidade?

Pelo que tudo indica, sim, mas ainda acredito que ela está caminhando para isso. Segundo um estudo do Instituto Vox Populi, publicado no site Proxxima News, a internet e o rádio são as mídias que mais passam credibilidade aos brasileiros. De acordo com o estudo, 40% dos usuários de redes sociais as consideram com um grau de confiabilidade muito alto.
É óbvio que a internet tem muito conteúdo disponível, e que vários deles não passam por filtragem. Entrento, o próprio ato do colaborativismo entre os internautas cria um laço de confiança maior do que aquilo que é repassado por emissoras e jornais, onde não se sabe ao certo que tipos de interesses estão por trás da informação. A internet acaba sendo uma faca de dois gumes.

Convergindo...

Participação. Esta palavras resume, ainda que de maneira simplista, o contexto do livro "Cultura da Convergência", escrito pelo professor e diretor do programa de Estudos de Mídia Comparada do MIT, Henry Jenkins.



Um dos maiores pensadores sobre a internet, Jenkins falou ao Programa Milênio, da GNT, sobre a questão da convergência, não pelo lado tecnológico, mas como um processo cultural que estimula a participação dos usuários/consumidores nas decisões que antigamente ficavam restritas aos interesses dos veículos e marcas. O autor destaca: "Vivemos num mundo onde histórias fluem facilmente através de diversas plataformas midiáticas, num mundo em que fazer mídia é tão importante quanto consumir mídia, num mundo onde as pessoas que conhecemos on-line são tão reais quanto nossos vizinhos". Para Jenkins, a convergência como um processo cultural, refere-se ao fluxo de imagens, idéias, histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número de canais midiáticos possíveis, um fluxo moldado por decisões originadas tanto em reuniões empresariais quanto em quartos de adolescentes, moldado pelo desejo de empresas de mídia de promoverem ao máximo suas marcas e mensagens e pelo desejo dos consumidores de obter a mídia que quiserem, quando, onde e como quiserem, e por meios ilegais se for impossível por meios legais.



Meios de comunicação de massa ainda exercem um tremendo controle sobre a sociedade. As cinco maiores empresas de mídia dos EUA controlam grande parte da mídia disponível, mas, ao mesmo tempo, vivemos num mundo onde praticamente não há filtros de informação. Portanto, há duas visões de mundo bem distintas. Uma delas se baseia no consumo constante e na absorção de mensagens criadas pelos grandes centros midiáticos, e outro é baseada na produção pulverizada de mídia, em que as idéias veiculadas no Youtube são consideradas tão essenciais à cultura quanto aquelas veiculadas em redes de televisão. Eis a raiz de uma sociedade em rede. Henry Jenkins explica que em grupos de discussões de fãs ou em grupos de discussões políticas, uma pergunta aparece, alguém logo a responde, e todos da comunidade têm acesso à informação. Portanto, em vez de prepararmos crianças em escolas onde ainda incentivamos o aprendizado autônomo, deveríamos ensinar a elas como participar da produção coletiva do conhecimento, como compartilhar conhecimento, como depender da experiência alheia e fazer com que elas percebam o poder que têm por serem autoridades em algum assunto.



Controle?! A informação está em todas as partes



A tendência social está cada vez mais voltada para o partilhamento de informações, ainda mais com as ferramentas tecnológicas que temos à disposição. A convergência de mídias, de relações culturais não tem como ser freada. Com a Internet, a informação foi sendo democratizada, chegando a um número bem maior de pessoas, que por sua vez, também produzem conteúdo.
A convergência informativa é muito positiva, desde que haja discernimento também com relação a conteúdos de cunho duvidoso. Entretanto, verdeiro ou não, o conhecimento de inúmeras situações chegam aos montes, todos os dias.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pio! Pio!! Pio!!!


Entre tantas redes sociais que despontam de tempos em tempos na internet, o Twitter é uma que está passando pelo período de febre coletiva. São famosos, profissionais e pessoas ditas comuns que piam 24h por dia. Não existe faixa etária, apesar de um grande público jovem fazer uso da ferramenta. Aqueles que são "twitteiros" acabam por instigar os que não fazem parte da rede a se juntarem a eles, entretanto, muitos não se prendem ao fenômeno que muitas vezes informa, e muitas outras, expõe e causa polêmica.

Segundo estudos realizados pela Nielsen (o Ibope dos EUA) e pela Universidade de Harvard, publicado no blog de Pedro Doria, o microblog não consegue reter muitos usuários. De acordo com a Nielsen, "o Twitter vem operando com um grau de retenção de 40%. Quer dizer: 60% dos novos inscritos não voltam ao sistema depois de um mês. Não é bom. Para quem considera o Twitter uma rede social, tipo Orkut ou Facebook, a comparação é a seguinte: o Facebook em um grau de retenção de 70%". Harvard concluiu que apenas 10% dos usuários são mais ativos. Ou seja, 90% do conteúdo publicado no site vem de uma significante minoria. Em redes sociais mais famosas, por exemplo, cerca de 10% dos usuários mais produtivos são responsáveis por 30% do conteúdo. E o que isso significa? De acordo com os estudos, o serviço de microblog é um ambiente no qual a grande maioria lê, mas pouco produz.

Agilidade

Uma coisa é fato: o Twitter acelera o acesso às informações. Inclusive a difusão de publicidades em geral. Isso tem gerado um fenômeno interessante com relação à televisão, até então, meio rápido para se obter notícias, porém, que filtra bastante o que vai ao ar. No texto de Gabriel Priolli isso é evidenciado.

Mas será que o Twitter realmente se sustentará? Até quando? Pode ser que seja apenas um modismo, que cai no esquecimento assim que aparece outro mais interessante. Veremos...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Construindo novas linguagens


Quanto mais a tecnologia avança, mais meios de comunicação são disponibilizados para a população. Além dos veículos midiáticos tradicionais como TV, Rádio, Impressos e também a Internet, celulares, smartphones, entre outros dispositivos de mídia portáteis, estão se tornando cada vez mais acessíveis e com ferramentas e softwares mais interativos.


E os jornalistas, como ficam nessa história? Os mais novos são privilegiados pela afinidade tecnológica da própria geração e por saberem sobre esses aparelhos na faculdade, ou entre os seus. Entretanto, aqueles com tempo de casa, acostumados com o fazer jornalístico arcaico e que não estão abertos para novidades multimidiáticas, como fazem? Na verdade, não fazem. É necessário reciclagem para se manter no mercado atual, diante a constante mutação do público-alvo.


Saber entender esse mercado, adaptar-se a ele e ainda inovar nesse terreno é uma tarefa árdua, mas que tem que ser feita. Hoje, os jornalistas precisam reaprender a escrever. Precisam enxugar e avaliar a mensagem que vão emitir, uma vez que a tendência atual é criar uma linguagem cada vez mais objetiva e concisa. Tudo para caber em telas em média de 70x20 pixels a 240x320 pixels. Para isso, a contagem de toques é fundamental.


Expandir os horizontes da comunicação é muito importante, mas até onde irá essa sede pela objetividade, designada para invadir a vida das pessoas em qualquer lugar que estejam?